terça-feira, 5 de outubro de 2021

Clostridium difficile, qual risco e como eliminar dos hospitais ?

O que é Clostridium difficile?

A Clostridium difficile é uma bactéria anaeróbica gram-positiva formadora de esporos que produzem toxinas. Estas toxinas são responsáveis por causar infecções e danos ao intestino e estão associadas ao uso de antibióticos. Nesse artigo você vai saber tudo sobre as bactérias multirresistentes, a Clostridium difficile ou C. difficile, que é responsável por cerca de 15 a 25% de todos os episódios de Diarréia Associada a Antibióticos (DAA) em hospitais.

Assim, a infecção por Clostridium difficile é uma preocupação importante nos ambientes hospitalares em razão de sua morbidade e de seu potencial de disseminação e surtos.

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A bactéria em questão tem grande capacidade de sobrevivência no meio externo, justamente pela formação dos esporos altamente resistentes tanto às condições do ambiente quanto de produtos de limpeza.

Por isso, ter os recursos certos, como os desinfetantes hospitalares adequados, é fundamental para garantir a eliminação da bactéria Clostridium difficile dos espaços de saúde e oferecer segurança hospitalar e bem-estar a todos os pacientes, médicos e demais profissionais da área.

Para isso, preparamos este artigo. Nele, vamos esclarecer sobre os riscos à saúde causados pela presença da C. difficile, além de mostrar formas de evitar surtos e eliminá-la com eficácia dos hospitais. Acompanhe!

clostridium difficile

Conheça quais os riscos que as bactérias podem trazer

  • O que é esta bactéria

  • O que é uma bactéria?

  • O que é um esporo?

  • O que é um vírus?

  • O que são microrganismos?

  • Como surgiu a Clostridium difficile?

  • Dados sobre a Clostridium difficile no mundo

  • Quais os danos causados pela Clostridium difficile nos ambientes hospitalares? 

  • Quais as formas de prevenção da Clostridium difficile?

  • Limpeza e higiene dos hospitais: fundamental para eliminar a Clostridium difficile

 

O que é uma bactéria?

De início, vamos entender do que se tratam as bactérias multirresistentes, já que a C. difficile faz parte desse grupo e é preciso compreender as diferenças e semelhanças entre elas, os vírus e outros agentes patológicos.

Bem, bactérias são organismos microscópicos, unicelulares formados por uma única célula e que fazem parte do Reino Monera. As bactérias podem ou não formar colônias e possuem material genético disperso no citoplasma, por isso, são denominadas procariontes.

Em sua maioria, esses organismos possuem também uma parede celular que tem como principal função manter a forma das células bacterianas e garantir proteção. Em algumas espécies de bactérias multirresistentes, é possível notar ainda uma cápsula polissacarídica que envolve a parede.

Bactérias multirresistentes são seres vivos e, assim, têm seu papel fundamental no equilíbrio do ambiente, já que são responsáveis pela fixação do nitrogênio, pela fermentação (laticínios, por exemplo) e pela produção de antibióticos e vitaminas, entre outras ações.

Porém, nem todas fazem bem à saúde dos seres humanos. Existem bactérias multirresistentes patogênicas que causam doenças como a difteria, pneumonia, meningite meningocócica, tétano, leptospirose, sífilis, botulismo, entre outras.

esporos - Bactérias multirresistentes

Imagem de um micro-organismo em versão 3D

O que é um esporo?

Podemos ver os esporos como “filhos” das bactérias, fungos e algas. Os esporos são estruturas resistentes que, frequentemente, são adaptadas para dispersão e capazes de formar um novo “indivíduo”.

Pequenos e leves, os esporos podem ficar no ar por longos períodos de tempo e são capazes de se deslocar por grandes distâncias.

No caso das bactérias, há os esporos bacterianos, que são como estruturas de sobrevivência quando estas se encontram em condições desfavoráveis. Então, os esporos são produzidos pela própria bactéria e ficam livre em seu interior. Este processo é chamado de esporulação.

O que é um vírus?

O que paralisou o mundo no último ano foi um vírus. A pandemia da Covid-19, causada pelo Coronavírus, foi a mais recente da nossa era e transformou as relações humanas, hábitos e os protocolos de limpeza e higiene.

Bem, ao contrário das bactérias multirresistentes, os vírus não são considerados seres vivos, pois não possuem uma estrutura de célula.

Eles são parasitas intracelulares e são completamente dependentes de outras células para se reproduzir. Assim, os vírus não têm metabolismo próprio ou independente do hospedeiro.

Na estrutura básica, o vírus é composto por dois componentes: um tipo de ácido nucléico e um envoltório feito de proteínas, chamado de capsídeo.

Contudo, alguns vírus possuem além desses componentes, um envoltório fosfolipídico – como uma camada de gordura, chamado de envelope. Trata-se assim de uma membrana para proteção extra.

O Coronavírus, por exemplo, é um vírus envelopado, que contém essa camada de gordura. Por isso é que existe a necessidade do uso do sabão e do álcool 70% como formas de eliminá-lo.

A ação destes agentes químicos é capaz de remover o envelope e também desnaturar os ácidos nucléicos, o que torna o vírus inativo.

O que são microrganismos?

Por fim, bactérias, vírus e esporos são todos microrganismos, pois são seres microscópicos, não vistos a olho nu.

Importante ressaltar que nem todos os microorganismos são causadores de doenças, como vimos o caso de determinadas bactérias e suas ações benéficas no ambiente, nos animais e nos seres humanos.

Como surgiu a Clostridium difficile?

A bactéria Clostridium difficile é descrita pela primeira vez em 1935, quando Hall & O’Toole encontrou, na flora intestinal de recém-nascidos saudáveis, um microrganismo até então desconhecido.

De início, recebeu a denominação de Bacillus difficilis e, logo depois, de Clostridium difficile, que reflete a dificuldade de isolar e manter esse microrganismo em cultura pura. Nesse mesmo ano, foi demonstrado ainda, que a C. difficile era extremamente toxicológica.

Desde o final da década de 70, a C. difficile tem sido reconhecida como uma bactéria importante na causa de doenças gastrointestinais nos hospitais.

Nos EUA, estudos indicam que até 1/4 dos pacientes hospitalizados hospedam esse microrganismo.

No Brasil, uma pesquisa realizada no Hospital Walter Cantídio, da Universidade Federal do Ceará, mostra que o C. difficile é o principal agente causador de diarréia nosocomial (relacionada à assistência à saúde).

Atualmente, a literatura mostra que o C. difficile é o principal agente causador de doenças intestinais associadas ao uso de antimicrobianos, que podem ser desde diarréia até quadros mais graves e fatais.

Importante destacar que um fator que favorece bastante a presença da bactéria é o uso indiscriminado de antibióticos e a ausência de protocolos eficazes de higiene, como o uso de desinfetantes hospitalares e álcool em gel a 70%

clostridium difficile - esporos - Bactérias multirresistentes

Acomodações hospitalares

Dados sobre a Clostridium difficile no mundo

  • a Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, relatou, em 2002, um aumento contínuo de infecção grave por difficile, com mais de 300 mil casos graves.
  • foram relatados surtos em Quebec, no Canadá, principalmente em pacientes com mais de 65 anos.
  • no hospital terciário do Rio de Janeiro, um estudo observou diarréia associada ao difficile em pacientes internados.

Quais os danos causados pela Clostridium difficile nos ambientes hospitalares? 

A Clostridium difficile é uma das principais causas de diarréia associada ao uso de antibióticos nos hospitais. Um artigo publicado no The Brazilian Journal of Infectious Diseases abordou a presença de Clostridium difficile em pacientes do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo.

O resultado mostrou que a incidência de infecção por Clostridium difficile foi constante, com uma média de oito casos por mês e não foram detectados surtos no período. O texto avalia ainda que as infecções por C. difficile acometem, principalmente, pacientes idosos, com uso prévio de antimicrobianos e com fatores de risco.

Quais as formas de prevenção da Clostridium difficile?

Mas como controlar a presença de C. difficile em hospitais? É sabido que estes microrganismos são transmitidos de pessoa-pessoa ou por meio do ambiente.

Por isso, os protocolos de higiene são fundamentais para evitar surtos e manter o espaço livre dos agentes patológicos. Entre as condutas de prevenção da disseminação da Clostridium difficile, determinadas pela Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar da UFRJ, estão:

Durante internação:

1- Limpeza concorrente com água e desinfetantes adequados, como o Optigerm;

2- Limpeza diária com água e desinfetantes adequados;

3- Limpeza diária do mobiliário com água e desinfetantes;

4- Termômetro – limpeza com água e desinfetantes;

5- Manter hamper de uso individual;

6- Manter carro para o banho de uso individual;

7- Utensílios (bacias, patinhos, comadres e cubas) – limpeza com água e desinfetantes adequados como o Optigerm.

clostridium difficile - esporos - Bactérias multirresistentes

protocolos de higiene são fundamentais para os instrumentos cirúrgicos, assim será evitado surtos de agentes patológicos

Limpeza e higiene dos hospitais: fundamental para eliminar a Clostridium difficile

Hospitais e serviços de atendimento à saúde precisam contar com protocolos rígidos de higiene e limpeza para oferecer um ambiente seguro. É possível conter surtos e evitar a disseminação de microrganismos como a Clostridium difficile com o uso de desinfetantes hospitalares adequados e prontos para uso.

Muitas instituições já fazem uso de produtos de desinfecção de superfícies de pronto uso, que eliminam 99,9% dos esporos desse microrganismo em três minutos de ação.

Assim, trata-se de um desinfetante hospitalar indicado para a desinfecção de superfícies fixas e artigos não críticos de hospitais, clínicas médicas e odontológicas, serviços de pronto atendimento e demais estabelecimentos de auxílio à saúde.

Além dele, há ainda as opções em álcool em gel 70% e em espuma, com propriedade hidratante, capazes de realizar a limpeza e a desinfecção das mãos de forma prática e rápida, sem agredir a pele.

Utilizados em dispensers, o álcool em gel e o álcool em espuma são de fácil acesso aos profissionais da saúde e aos pacientes, para que mantenham uma rotina de higiene e prevenção.

Importante destacar que os produtos para higiene das mãos devem ter efeito biocida, capaz de agir contra um amplo espectro de bactérias, que podem ser gram-positivas ou gram-negativas, como a Clostridium difficile.

Por fim, é fundamental que os hospitais e serviços de saúde façam uso de produtos profissionais, registrados na Anvisa e que sejam comercializados por lojas de material de limpeza e distribuidoras responsáveis.

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